1 – DESENVOLVENDO O TEMA
Jesus também teve uma vocação. Respondendo a um chamado do Pai, veio ao mundo com uma missão. Encarnou-se e viveu no meio de um povo simples, trabalhou com suas próprias mãos, amou com coração humano, participou da comunidade. Esteve presente em Caná, entrou na casa de Zaqueu, assentou-se á mesa dos publicanos e pecadores. Em seus gestos e palavras revelou o amor do Pai e a sublime vocação do ser humano.
A vocação e missa de Jesus foi revelar o Projeto do Pai. Viveu em íntima relação como o Pai, a ponto de dizer: “Meu alimento e fazer a vontade de meu Pai”. No seu estilo de vida simples e acolhedor, ele revelou um jeito novo de viver, aberto e ao serviço mútuo. “Um só é o vosso Pai e vós sois todos irmãos”, dizia.
Acolheu os pobres, doentes, pecadores e marginalizados. Apresentou sua mensagem direta e sem medo, com imagens simples e cheias de calor. Soube ir ao encontro das pessoas. Aos pastores apresentou-se: “Eu sou o Bom Pastor”; à Samaritana: “Sou eu, que falo contigo”; aos agricultores: “Eu sou o Pão da Vida”; e a todos nós: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.
Para nós Jesus é o Messias esperado, o Senhor e Salvador, Deus e homem verdadeiro, aquele que veio reunir os filhos e conduzi-los para Casa do Pai. Esse é o centro e o destino final da história humana. Mas, Jesus continua presente no meio de nós e paga a pena segui-lo e abrir-se à amizade com ele. Aliás o convite vem dele: “Fui eu que vos escolhi”.
2 – APROFUNDANDO O ASSUNTO
“Eu vos escolhi e vos chamei de amigos”. No começo da vida pública, em Nazaré, Jesus entra na sinagoga e lê uma passagem de Isaías, que resume a sua missão. Leia com atenção e peça ao Espírito Santo que o ajude a entender: Lc 4,14-22.
São Francisco de Assis é um bom guia no seguimento de Cristo. Eis com o Tomás de Celano seu primeiro biógrafo o apresenta: “Sua maior intenção, seu desejo principal e plano supremo era observar o Evangelho em tudo e por tudo, imitando com perfeição, atenção, esforço, dedicação e fervor, os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo, no seguimento de sua doutrina. Estava sempre meditando em suas palavras e recordava seus atos com muita inteligência. Gostava tanto de lembrar a humildade de sua encarnação e o amor de sua paixão, que nem queria pensar em outra coisa” (1Cel 84).