Frei Rinaldo Aparecido Santiago, OFM
Geralmente, quando pensamos em comprar um presente para alguém, de súbito nos vem à mente, o preço, tamanho, cor, gosto…
Lamento informar, que todas estas preocupações são, vamos dizer assim, acidentais.
A nossa primeira preocupação é pedir que o vendedor retire o preço.
Depois ficamos a imaginar se o presenteado irá gostar.
Somos tão bobinhos. Não percebemos que mais que o preço, ou a marca do que sendo embrulhado um pedaço de nós mesmos, nossa amizade pelo destinatário.
Mas a parte mais importante desta questão para mim é bem outra.
A pessoa que nos presenteia com certeza parou, pensou, gastou seu tempo conosco.
O preço do presente para mim não está na intenção de quem o dá. Receberia de coração sincero, se me dessem até uma simples rosa.
Não me preocupo se o que ganhei é de última grife, ou foi comprado no shopping ou em uma lojinha da cidade. O que me importo sim é a relação que tenho com a pessoa.
A amizade também é uma forma de presente. Mas como em nosso mundo somos impelidos a não acreditar na gratuidade, perdemos muito a beleza do que nos cerca.
Somos presenteados, desde o amanhecer do sol até o seu ocaso. Só é preciso aguçar os sentidos.
Então da próxima vez que você receber um presente, tente olhar todos estes aspectos.
É preciso sair do acidental e ir para o que dá sentido à vida.
E como é gotoso ganhar presente. Que possamos através desta forma nos relacionar com as pessoas que amamos, na gratuidade, sim, não escolhemos de quem vamos gostar ou não.
E daí, qual é mesmo o Preço do Presente?