Frei Rinaldo Aparecido Santiago, OFM
Assim nos fala um canto Sacro “Ó Cristo vem em mim morar”.
Por que será que ele não vem?
É que nosso aluguel é muito caro.
Pedimos muito caro pelo nosso imóvel.
Criamos vários obstáculos.
Colocamos à entrada de nossa porta o porteiro da autossuficiência.
As chaves da casa estão perdidas em algum canto dentro de nós.
A nossa fé está embaçada.
Os degraus que o trariam até nós estão escorregadios pela nossa descrença.
O corrimão está carcomido pelo nosso dinheiro de cada dia.
A soleira da porta sobranceira ostenta a velha frase: venha outra hora, estou muito ocupado…
Estamos casa vazia. Precisamos nos tornar casa plena.
Roubamos o imóvel do inquilino. É hora de devolvermos as chaves, para que Ele entre com o seu sopro de vida. O espírito santo que tudo move.
É hora de retirar as teias de aranha. Regatar o nosso batismo.
Precisamos nos descobrir como morada santa. Como templos do Senhor, onde o inquilino por essência faz morada.
Pena que para este encontro aconteceça, ainda exijamos condições: queremos hora especial. Dia especial. Local especial.
Lamento não percebermos que ele se aproxima tão simples.
Na cigarra que canta. No pássaro que voa. Na flor que se abre num baile festivo, pétala por pétala.
Passe-me as chaves. Quero entrar
Jesus Cristo