Frei Rinaldo Aparecido Santiago, OFM
Durante as minhas idas à cidade, durante o decorrer da semana, tive e felicidade de observar algumas orquídeas que já começam a florir.
O que me faz mais prestar atenção a sua beleza. E fico extasiado diante dos vasos. Vendo seu colorido, a mistura de tons. Um encanto!
Ai salta à minha mente uma ideia: sabe, nós deveríamos ser como as orquídeas.
Elas demoram a florescer, mas quando o fazem, é de tirar o chapéu. Que maravilha!
Fico pensando, que artista na face da terra, com as mãos mais hábeis que existam na arte da pintura, consiga imitar a beleza de uma orquídea.
Nossa vida deveria ser assim, orquídeas floridas. Mas tem gente que prefere ser outra coisa, o que se pode fazer.
O nosso estar com as pessoas que nos rodeiam deveria ser digno do colorido e do brilho que as orquídeas possuem e que encantam nossos olhos.
Não consigo tirar da mente a beleza das orquídeas.
Olhando mais atentamente, dá ate vontade de parar um pouquinho e sussurrar.
Será que não seria possível, orquídeas minhas, me falarem deste Deus que as criou e as fez tão belas?
Sim, pois a estas alturas do meu extasiar, fico quase meio imóvel, tentando perceber se não posso aprender alguma coisa com esta minha tão nobre amiga.
Elas estão ali, belas, se dando totalmente a nós, de graça, sem nenhuma taxa, nenhum aplauso, nada, simplesmente, simplesmente gratuidade…
Sabe gente, confesso que sinto até inveja destas minhas amigas.
Que humildade, que paz, que presença serena do pai que as criou.
O silêncio das orquídeas tem muito a ensinar a mim e a você.
Que as orquídeas nos ensinem a florescer na hora certa, na mais bela gratuidade sem esperar glórias e conquistas.
Caríssimas orquídeas, continuem assim, encantando e colorindo este mundão de Deus nosso Pai. Continuem fazendo acreditar no amor e na paz.
Muito obrigado porque vocês existem.