Imagem ilustrativa (fonte: Acervo Província de la Santa Fé)
cisco as exigências fundamentais do Novo Testamento, ou seja, o convite à conversão ( = metanoia). Pode-se dizer que nele realiza-se uma nova criação. Segundo seus biógrafos, ele é o homem novo, homem do século futuro. Não entendia o que estava se passando com ele. Esse sentimento ele tenta exprimir no final de sua vida nas primeiras linhas de seu Testamento.
“Deus, nosso Senhor, quis dar a sua graça a mim, o irmão Francisco, para que eu começasse a fazer penitência; porque, quando eu estava em pecados, parecia-me muito amargo dar com os olhos em leprosos; mas o Senhor mesmo um dia, me conduziu ao meio deles e com eles usei de misericórdia. E ao afastar-me deles, o que antes me parecera amargo, converteu-se para mim em doçura da alma e do corpo; e em seguida, passado um pouco de tempo, saí do mundo”
Necessário se faz compreender o sentido exato dos termos e não ficarmos no que as palavras têm de aparente. O que significa efetivamente “metamorfose do ser”? O que significa preferir o que é amargo ao que é doce, que do amargo da renúncia floresce plena e insuspeitada alegria; que o amargo torna-se verdadeiramente doce, sem perder seu amargor. O sofrimento subsiste. Estamos diante da mais profunda interpenetração do júbilo pela salvação no Senhor (que Francisco vive) e por outro lado, o amargo sofrimento.
A autenticidade do heroísmo de uma transformação interior não se comprova simplesmente pelo ardor de um momento, mas sim pela perseverança, na incansável retomada do começo.
É o que vemos realizado de maneira extraordinária em São Francisco e, diga-se, de um modo admirável. Nos últimos meses de sua vida, depois de ter realizado tantas conquistas, gravemente enfermo, formulava ainda esse desejo: “Irmãos, vamos começar a servir a Deus agora, porque até o momento pouco ou nada fizemos pelo Senhor”. Celano continua dizendo que ele era infatigável em seu perpétuo desejo de renovação na busca da santidade. Esta sempre disposto a recomeçar(cf 1Celano 103)
Inspirado em “Francisco de Assis, o santo incomparável”, de Joseph Lortz
Fonte: Franciscanos – Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil